sexta-feira, 19 de junho de 2009

Internet: benefícios e malefícios.

Temos aqui uma série de reportagens realizadas pelo Jornal Hoje da Rede Globo de televisão. Trata-se de matérias - algumas com vídeos - sobre o que a internet pode trazer de bom ou não para a "juventude" contemporânea. São reportagens bastante interessantes, é só acessar aos links (Títulos) abaixo.
Ah! Depois passem aqui para deixar opiniões e críticas acerca do que leram.



Alerta em sala de bate-papo previne suicídio de jovem britânico

Ele avisou que iria se matar, durante conversa com uma australiana.
Mulher entrou em contato com outro britânico, que avisou a polícia local.

Olha aí gente! É bom estar atento aos papos na net, você pode impedir uma tragédia.

Prática da 'cola' entre os jovens mudou com as novas tecnologias

Mais da metade dos adolescentes norte-americanos usam web para 'colar'.
Estudantes também baixam trabalhos e apresentam como de sua autoria.

Coisa feia em garotada!!! Que vergonha!!!

Brasileiros de todas as idades entram no mundo virtual

Quarenta milhões de brasileiros têm computador, mas nem todos conseguem acessar a internet. Na série sobre tecnologia vamos mostrar como jovens e idosos entram no mundo virtual.

Pois é! Será que a internet tá tão democrática assim?
Ainda não é um direito de todos. E será que um dia vai ser?

As delícias e os perigos que os jovens experimentam na frente do computador


Jovens trocam diários de papel pelo computador

Falar, ouvir, trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações.
Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.

Olha que coisa! Antigamente a gente escondia o diário ou o trancava a sete chaves.
Agora coloca na net pra todo mundo ver... vai entender!
E tem mais, antes era coisa só de meninas em fase de adolescência; agora...
xiiiii... tem meninos, tem crianças, tem adultos e até vovós e vovôs. Bacana, né?

Fonte: Site do G1/ Jornal Hoje. Edições dos dias: 16,17, 18 e 19 de junho de 2009.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Você é viciado em Internet?

Você é um dependente da Internet?

Faça o teste!

Ah! Depois posta o resultado e sua opinião aqui!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crimes na Internet? Denuncie!

Pornografia Infantil, Racismo, Intolerância Religiosa, Neo Nazismo, Xenofobia, Homofobia, Apologia e Incitação a crimes contra a Vida, Maus tratos contra Animais??? Temos que denunciar... Onde?

www.safernet.org.br
www.censura.com.br
denuncia.uol.com.br
www.prrj.mpf.gov.br

Polícia Civil - Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)

Endereço: Rua Professor Clementino Fraga nº 77 - Cidade Nova (prédio da 6ª DP)

Rio de Janeiro, RJ Telefone: 0xx21 - 3399-3203/3200

E-mails: drci@policiacivil.rj.gov.br / drci@pcerj.rj.gov.br



domingo, 7 de junho de 2009

Resenha de Cultur@s juvenis, identid@des e Internet: questões atuais.

GARBIN, Elisabete Maria. Cultur@s juvenis, identid@des e Internet: questões atuais. Revista Brasileira de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação. São Paulo, mai-ago, número 23, s/d.


“Nossa participação na chamada Internet é sustentada pela promessa de que ela nos possibilite em breve assumirmos ciberidentidades – substituindo a necessidade de algo tão complicado e fisicamente constrangedor como é a interação real”. (Hall, 1997, p. 23)


Garbin ao pesquisar sobre a temática abordada quando preparava a sua dissertação de mestrado, encontrou algumas dificuldades que se referiam às cotidianas mudanças que ocorrem no “mundo virtual”, bem como na forma como os jovens a utilizam e a enxergam. Para ela, a Internet não pode mais ser vista como um local apenas de troca, de busca de informações ou ainda de encontros entre pessoas, mas, também, como um local de produção de conhecimento.

Quantas pessoas com acesso à Internet passam horas dos seus dias diante da tela de computador, pesquisando, escrevendo emails, participando de listas de discussão, ou mesmo batendo papo com outras pessoas de outros lugares, tentando “retribalizar-se”, interagindo com outros internautas enquanto mal conhecem seus vizinhos geográfica e espacialmente mais próximos? O que parece claro é que o enraizamento a um determinado lugar atenuou-se, pois podemos “estar” em diversas partes do mundo, entrar e sair de grupos de discussão sem qualquer “prejuízo” real aparente.

Segundo a autora, podemos nos inspirar na afirmação de Canclini (1997b, p. 81), quando afirma que “necessitamos de enraizamentos em territórios, por mais desterritorializada que esteja a sociedade contemporânea; necessitamos referir-nos a indicadores de pertencimento que nos dêem segurança afetiva e clareza sobre os grupos com os quais podemos nos relacionar, com os quais podemos nos entender”.

Garbin questiona o fator que poderia levar um jovem a optar por escrever sobre suas mágoas, alegrias, planos, num diário virtual, abrindo-o a outras leituras, ao invés de escrever num diário impresso particular ou conversar face a face com amigos ou colegas. “Estaremos vivendo a era da espetacularização da intimidade? Da derrocada das fronteiras do público e do privado?”

Segundo ela, a velocidade com que a mídia eletrônica se transforma está fazendo com que pessoas e discursos estejam em muitos lugares ao mesmo tempo, distâncias sejam abreviadas, imagens e sons circulem vertiginosamente, capitais se reúnam, pessoas se “aproximem” virtualmente e, por que não dizer, “realmente”.

A isso Hall (1997) denomina de “deslocamentos”. Deslocamentos aqui relacionados com o fato de que o mesmo artefato, o mesmo discurso pode se deslocar de modos diferentes, ao mesmo tempo, e estar em vários lugares. A mídia eletrônica se apresenta como um avanço tecnológico capaz de modificar nosso comportamento, com um discurso que se materializa em novas condições de possibilidades, em novos espaços e em novas formas que ele assume. Muitos de nós estamos sendo re-constituídos por essas variadas formas discursivas que usamos na Rede e que também são usadas para nós. Como observa DuGay (apud Hall, 1997, p. 18)

Garbin acredita que a Internet reúne três campos que pareciam distintos uns dos outros até o advento e socialização da Web, que são a cultura, a comunicação e a informação, ou seja, as fronteiras entre estes três temas foram quebradas, desapareceram. A própria palavra escrita, a fala, as imagens fixas e as imagens em movimento, a música, os sons variados, enfim, tudo se encontra reunido na Rede.

Para ela, quando trocamos e-mails ou conversamos com amigos em salas de bate-papo, além de estarmos nos deslocando por espaços e comunidades virtuais, podemos também adotar identidades “fictícias”, criadas por nós mesmos. E elas podem variar conforme nossas contingências e circunstâncias do momento, interesses mediatos e imediatos, estados de humor, ou mesmo destinatários das nossas mensagens, ou seja, “nas comunidades em tempo real do ciberespaço encontramo-nos no limiar entre o real e o virtual, inseguros da nossa posição, inventando-nos a nós mesmos à medida que progredimos” (idem, p. 13).

Segundo Garbin, nos últimos anos, as mudanças de identidades, sob o impacto cultural do computador conectado à Internet, parecem ter dado lugar a uma busca empenhada em entender e dar sentido aos mecanismos da vida real e virtual. O fato é que, se na vida cotidiana somos constrangidos por inúmeras “ordens de discurso” em que não revelamos determinadas facetas e emoções, na Internet, sob um nickname, atrás de uma tela e um teclado, outras “ordens de discurso” instituem-se e nelas é possível reconstruir nossas identidades como que do outro lado de um espelho, um espelho que nos solicita uma multiplicidade interior na maioria das vezes constituída e narrada por nossos interlocutores virtuais. Por outro lado, sabe-se que o desenvolvimento das tecnologias dos computadores e da comunicação influenciou, e influencia, definitivamente as atitudes da chamada Geração Net. Aqueles que a sociedade, em seu afã de medicalizar e rotular comportamentos como normais ou desviantes, chama de “viciados” na Net, às vezes não conseguem sequer dormir, esperando por e-mails que podem chegar durante a noite, ou trabalham por horas sem parar no computador, sem fixar-se em horários (já apareceram muitas home pages de terapia para o “vício” da Internet).

Por outro lado, Seo (2000) nos chama a atenção para o fato de que muitos jovens, às vezes, não estão protegidos contra as informações anti-sociais que são veiculadas na Rede, como por exemplo, as relativas a pornografia, armas, violência, informações falsas, violência verbal na comunicação virtual etc. São jovens que têm amigos e vizinhos através da Internet. Não lhes interessa se estes vivem ao lado da sua casa ou do outro lado do mundo: são seus amigos virtuais, cibernéticos.

As alternâncias entre diferentes identidades possibilitadas pelo uso da Internet, através de chats, de certa maneira desconstroem a metáfora da “solidez” da identidade, e se, há algumas décadas, falavase que as pessoas assumiam diferentes papéis na sociedade, na maioria dos casos isso significava que, mesmo assim, mantinham os laços vitalícios com uma determinada família e comunidade. Mesmo que um suposto controle abrisse algumas brechas eventualmente, tais identidades situavam-se às margens da sociedade ou eram vistas como uma “alternância” de vida ou a chamada “personalidade desdobrada”. Na era pós-moderna, as identidades múltiplas perderam grande parte de seu caráter “marginal”. Muitas pessoas apreendem a identidade como um conjunto de posições de sujeito que podem ser misturadas e acopladas.

A autora conclui dizendo que [...] toda a identidade tem necessidade daquilo que lhe ‘falta’ – mesmo que esse outro que lhe falta seja um outro silenciado e inarticulado” (idem, p. 110).

O mais raro de se encontrar na Rede são “corpos dóceis” no sentido foucaultiano, porque se o corpo é construído e moldado segundo discursos (disciplinares), na Internet eu simplesmente “teclo” e invento... É fictício? Sim, é, mas quem de nós, na vida real, ao ver seu corpo refletido num espelho, ao ouvir sua própria voz (gravada ou não), ao reler um texto seu, não se inventou diferente? Constituiu-se e deixou-se capturar pelo discurso da ordem do dia (pela “ordem do discurso”?), mesmo que por poucos segundos?

Assim é na Internet: constituições discursivas temporárias, sem suturas, porém com marcação de fronteiras, carregadas de diferenças, como na vida real...



TEXTO COMPLETO: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a08.pdf

segunda-feira, 1 de junho de 2009