segunda-feira, 20 de julho de 2009

Descontruindo mitos sobre internet e comportamento dos jovens.

Pesquisa revela que influência das salas de chats é menor do que se pensa.

O medo que pais e professores possam ter sobre a participação dos jovens em salas de discussão na internet em sua formação e personalidade parece não ter fundamento, tampouco o fato de que de que os jovens possam se isolar.

Foi para compreender o que realmente se passava com os jovens dentro das salas de conversa (chat) na internet, que a professora Patrícia Maneschy dedicou sua pesquisa de mestrado no ProPed/Uerj.

"- Quando fiz a pesquisa, meu interesse era descobrir os valores que eram veiculados nas salas de chat, já que todos os adultos tachavam as salas como sendo um lugar perigoso porque só têm sexo, não levam a construção de conhecimento, é só entretenimento. Então, fiz a pesquisa para saber qual era a visão dos jovens sobre isso."

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domingo, 12 de julho de 2009

Relatório do Trabalho de Campo

INTRODUÇÃO

O objetivo desta pesquisa é fazer uma breve análise sobre a relação dos "jovens" com a internet. Não procuramos neste trabalho delimitar uma faixa etária ou uma característica inerente a sociedade, para determinar se os participantes da pesquisa estavam inclusos ou não no padrão social prévio sobre tal temática, mas seguimos a definição de Lloret, onde:

"Em vez de se pensar na juventude como um momento de preparação para algo que está por vir, alimentando preconceitos e hierarquizações, acreditar que o menino e a menina, o jovem e a jovem estão na pessoa adulta ou velha e, inclusive, os meninos e as meninas podem responder como adultos em determinadas situações."


METODOLOGIA

Utilizamos como metodologia para a nossa pesquisa questionários previamente estruturados compostos por perguntas abertas e fechadas e observação participante. A aplicação do questionário ocorreu em dois campos distintos: o primeiro foi em uma lan house na zona norte do municipio do Rio de Janeiro e o segundo em um campo de estágio acadêmico da UFRJ composto por universitários e profissionais de diversas áreas. Analisamos ainda um terceiro campo que diz respeito às comunidades virtuais: "Não vivo sem internet" e "Sou viciado(a) em internet", do site de relacionamento intitulado "Orkut". Neste último campo não utilizamos questionário, mas usamos a ferramenta "enquetes" disponibilizada pelo site. Cabe salientar que apesar de algumas perguntas não terem sido as mesmas para os dois questionários e as enquetes, elas nos permitiram analisar os mesmos aspectos nos distintos campos.

“CAMPO I”: LAN HOUSE

Foram aplicados 10 questionários, onde 6 pessoas eram do sexo masculino e 4 do sexo feminino na faixa etária de 17 à 42 anos, sendo a idade média masculina de 21.8 anos e feminina 30.1 anos. No que se refere à escolaridade, em 100% dos questionários aplicados, a resposta correspondeu ao grau de ensino médio sendo 8 completos e 2 incompletos.

Quando questionados sobre a frequência com que vão a lan house, em que horários e com quais finalidades, 50% dos "jovens" responderam que frequentam todos os dias, 30% algumas vezes por mês, e os outros 20% uma vez por semana e uma vez por mês. Em relação aos horários, 70% dizem que costumam ir ao turno da noite, 50% à tarde e 30% pela manhã. Ressaltamos aqui que alguns responderam que vão em dois turnos e também nos três. A justificativa para preferência do horário noturno, é que nos outros, os entrevistados exercem outras atividades ligadas a trabalho ou estudo.

A finalidade com que os freqüentadores vão a lan hause são diversas, dentre elas, para pesquisar, obter informações, entretenimento, lazer, trabalho, baixar conteúdos diversos e ver e-mails.

Os tipos de sites mais acessados pelos freqüentadores da lan house são: os de informação, músicas e downloads em geral. Este resultado nos surpreendeu, pois devido à febre atual dos sites de relacionamentos e bate-papos, acreditávamos que seriam estes a maioria das respostas. Em contrapartida, uma outra questão, que acaba por confirmar nossas previsões e por assim dizer, "invalidar" as respostas dos entrevistados, foi a que solicitava os cinco sites preferidos; nesta os sites que mais apareceram foram o Orkut, o 4shared, o You tube, o MSN, o Hotmail e o Vagalume. Quanto a informação aparecer em primeiro lugar, para nós, se tornou algo desconfiável, pois a partir de nossa observação participante, chegamos a flagrar pessoas comentando com outras que marcariam a opção "informação" por medo de nós, pesquisadoras, os acharem "burros".

No que diz respeito a posse de computadores e internet, a maior parte dos entrevistados não possui computador em casa e consequentemente não tem acesso à internet em suas residências; as pessoas que responderam que possuem computador em casa, frequentam a lan house com a principal justificativa de acesso ou downloads de jogos.

Como já dito anteriormente, há hoje uma febre dos sites de relacionamento e bate- papo, e tal como discorre GARBIN, eles proporcionam um apagamento de fronteiras, na medida em que as pessoas se conhecem e passam a fazer parte da cultura de outras com se não houvesse diferenças de línguas, costumes, etc; devido a isto, acrescentamos ao questionário perguntas como: "Você tem mais amigos virtuais ou reais?", "Você conhece (pela net) pessoas de outros bairros, cidades, estados ou países?" e "Quantas pessoas do seu Orkut e/ou MSN você não conhece?". O resultado dessas questões foi de que os freqüentadores tem mais amigos reais, o que mostra que para eles ainda é importante estabelecer relações pessoais. Dos 10 entrevistados, apenas 1 declarou conhecer pessoas de outros bairros, cidades, estados e países e esta mesma pessoa diz não saber responder quantas pessoas de seu relacionamento virtual não conhece, visto que são muitas. Já outros entrevistados colocaram não conhecer 30, 96 e mais de 100 pessoas, apenas 2 conhecem todos.

Para finalizar o questionário, propusemos perguntas abertas, onde os "jovens" poderiam colocar suas posições quanto à internet: se esta é boa ou ruim, se exerce alguma influencia sobre eles e se é destinada a algum público em específico; e também quanto ao que é ser jovem. Foi unânime as respostas de que a internet é algo bom, seja porque é repleta de informações e entretenimentos, ou porque aproxima as pessoas, ou as informações são variadas e de fácil acesso, entre outras coisas.

"Bom. Porque oferece várias facilidades pra qualquer tipo de coisas e com total conforto." (23 anos)

"Bom. porque sempre estamos atualizados." (26 anos)

Também foram unânimes as respostas que dizem respeito a internet exercer influência na vida deles, todos disseram que não.

"Não. Porque tenho minha opinião formada." (23 anos)

Em relação a internet ser destinada a um público em específico, todos concordaram que não, ou seja, a internet se destina a todos os grupos.

"Para o público em geral, pois tem programas e sites destinados à todas as faixas etárias." (23 anos)

"Todos. Jovens, adultos, idosos, negros, brancos, mamelucos e etc." (23 anos)

"Para todos os públicos, pois ela globaliza vários assuntos." (29 anos)

"Todas as idades, meu pai entra na net." (18 anos)

"A todo tipo de público, pois há sites destinados a todas as faixas etárias." (17 anos)

E finalmente, a pergunta sobre o que é ser jovem. Algumas respostas fazem referência a idade e também a virilidade, outras se referem ao estado de espírito.

"Ser atualizado." (42 anos)

"Ser feliz." (18 anos/21 anos)

"É ter a mente sempre aberta para novos conhecimentos e aspectos da sua vida." (29 anos)

"Ser mente aberta e saber aproveitar a vida, é saber que errar é normal mas que aprender com o erro é inteligência." (23 anos)

"Fazer sexo sem camisinha." (17 anos)

"Ter relações sem precisar usar os comprimidos azul ou verde." (23 anos)

Podemos observar nas respostas que cada um tenta adequar a definição de "ser jovem" a sua idade, ao ato da irresponsabilidade, do aproveitar a vida, mas há também aqueles que tentam adotar uma opinião descolada do consenso da sociedade, de que ser jovem não é ter entre 15 e 25 anos, nem ser "imaturo" e indeciso, mas sim sentir-se como tal e assumir os atos com responsabilidades.

PESQUISA VIRTUAL

Realizamos uma pesquisa ao maior site de relacionamento virtual do Brasil o "Orkut", pois além de ser acessado majoritariamente por pessoas que se consideram jovens, acreditamos na importâcia de compreensão da opinião destes internautas em relação a internet, bem como a legitimidade da mesma no cotidiano e na vida destes usuários. Os acessos à internet para a realização da pesquisa, ocorreram entre os meses de maio e junho de 2009 nas comunidades virtuais "Não vivo sem internet" e "Sou viciado(a) em internet".

A primeira comunidade "Não vivo sem Internet", posuia 260.225 menbros, tendo como principais enquetes "O quanto a net é importante na sua vida?" e "vc já encontrou alguem que conheceu na internet?" A primeira enquete foi respondida por 31 internautas, onde 45% considera que a internet é "Muito Importante", 22% "Importante, 19% "É a coisa mais importante da minha vida " e 0% respondeu "Não tem importância".

Na segunda enquete "vc já encontrou alguem que conheceu na internet?" 163 pessoas responderam e 44% respondeu que "Sim, e gostei muito! ", 23% "Não, é muito arriscado!", 14% "NDA (nenhuma das alternativas)!", 12% "Não, não costumo ter amigos virtuais!" e 6% "Sim, mais me decepcionei! ".

Nesta comunidade, nota-se que há um grande número de membros porém poucos internautas participaram das enquetes. Na segunda pergunta percebe-se que muitos responderam que já conheceram pessoalmente internautas e gostaram da experiência, mas também há um público significativo que considera arriscado este contato.

Já a segunda comunidade possuia 67.519 membros e direcionamos a atenção para duas "enquetes" relacionadas a temárica da pesquisa . A enquete que tinha como pergunta: "O que você costuma fazer na internet?", foi respondida por 598 internautas, onde 13% ", adora ver videos na internet", 12% "gosta de ficar nas comunidades do orkut", 11% "fica no seu site preferido" (este não foi especificado, já que as perguntas das "enquetes" são fechadas), 11% "só ouve música", e 10% "fica jogando".. Dentre outras perguntas da enquete, somente 1% dos que responderam entra na internet para fazer trabalhos escolares". Nota-se que a maior parte dos acessos, está relacionada ao entretenimento, como também mostrado na pesquisa de campo a Lan House.

A segunda pergunta, referia-se ao tempo máximo que os internautas ficaram conectados ao "Msn" (Programa de bate-papo pessoal) e/ou "orkut". 532 pessoas responderam a "enquete", onde 49% dos internautas alegou que já chegou a ficar mais de 10 horas conectado à estes sites, 9% ficou 9 horas e ninguem respondeu que ficou somente 1 hora conectado.

Acreditamos que este resultado reflete o público na qual esta comunidade está direcionado, mas também duvidamos deste resultado devido a disparidade significativa entre as duas perguntas mais respondidas e entedemos que alguns internautas afirmaram que ja permaneceram mais de 10 horas conectados a este site, para reforçar o perfil dos internautas pertecentes a comunidade de "viciados na net".

CAMPO II - ESTAGIÁRIOS - UFRJ

Assim como no primeiro campo, foram aplicados 10 questionários onde a divisão de entrevistados quanto ao gênero foi casualmente igual, ou seja, 5 homens e 5 mulheres. A faixa etária perdurou-se entre 20 a 27 anos, onde a média feminina foi de 22.2 anos e a média masculina foi de 24.2 anos. Em relação a escolaridade, 3 pessoas estavam cursando a pós graduação, e 7 possuiam o ensino superior incompleto.

No que diz respeito a freqüencia de utilização da internet, 90% respondeu que acessa todos os dias e somente 10% respondeu a opção "duas ou mais vezes na semana". O horário de mais acesso foi majoritariamente tarde e noite, composto por 80% dos entrevistados. A finalidade do acesso assim como na Lan House foi bastante diversificado: e-mails, trabalhos (só que referentes a universidade), obtenção de informações, diversão, pesquisa, dentre outros.

Em relaçao aos sites de maior acesso, (esta pergunta não se limitava a uma única resposta), os sites relacionados a e-mail, sites de relacionamento e sites de informação, foram as questões mais marcadas no questionário. Ao contrário do que ocorreu na Lan House, os universitários marcaram as opções que de fato fazem parte do seu cotidiano virtual, esta afirmativa se confirma na pergunta voltada a especificação dos sites acessados, onde não houve contraditoriedade de informações.

90% dos internautas possue computador em casa, e unanimente possui mais amigos reais do que virtuais, ou seja, há a valorização do relacionamento pessoal, porém 50% respondeu que conhece virtualmente pessoas de outros bairros (50%), cidades(50%), estados (30%) e paises (30%) o que reforça a ideia acima do apagamento de fronteiras (pergunta com possibilidade de mais de uma resposta).

Em relaçao as perguntas abertas, como "Você se sente influenciado pela internet", a maioria dos universitários (60%) respondeu que sim, já que a internet e um meio de obtenção de informação, onde através delas e da leitura de artigos é possivel a formação de opinião sobre um determinado assunto. A questão relacionada ao direcionamento da internet a um público especifico, foi respondida de forma diversificada, onde uns consideraram está direcionada a "classe dominante" e outros responderam que não há um público especificio no qual a internet está direcionada dentre outros.

" Não apenas para o perfil econômico que pode ter acesso cotidiano a ela" - 22 anos - Estudante Direito - UFRJ

"Não. Quanto mais um grupo acessa a internet, mas a internet se direciona para este grupo" - 22 anos - Estudante Direito - UFRJ

"Sim para uma classe média" - 23 anos - Estudante Pós graduação - Psicologia -UFRJ

"A internet pode ser direcionada a um público bastante diferenciado. Há sites para todos os gostos e classes, mas é preciso levar em conta a não democratização do acesso à internet aos mais pobres, e ainda que existam recursos de internet voltado para eles, nem todos possuem condições materiais para acessá-la.” - 24 anos - Estudante Direito UFRJ

A úlima pergunta na opinião dos entrevistados, foi a pergunta de maior complexidade, alguns nem a responderam e outros após muito questionarem sobre o conceito da juventude responderam:

"É encarar o mundo como algo que pode ser transformado, e não como uma realidade fixa." - 22 anos - Estudante da Graduação - UFRJ

"É estar em fomação em todos os sentidos - física, psicológica e intelectual" - 20 anos - Estudante da Graduação - UFRJ

"É a idade do coração" - 24 anos - Estudante da Graduação - UFRJ

"É ter uma pratica de contestação" - 22 anos - Estudante da Graduação - UFRJ

CONCLUSÃO

Nesta pesquisa de campo, não ocasionalmente, tentamos "comparar" os jovens frequentadores de Lan House da Zona Norte do Rio de Janeiro com os jovens universitários da UFRJ e paralelo a isso, pesquisamos se os resultados da pesquisa virtual correspondia à pesquisa de campo.

Como já foi dito, na pergunta dos sites mais acessados pelos internautas, os jovens da Lan House, responderam o que não acessavam para terem visiblidade e principalmente para a não sustentação de um estigma, de serem ignorantes, (mesmo sem a necessidade de se identificarem no questionário).

Além disso, os sites de relacionamento foram apontados como sites mais acessados tanto pelos universitários, quanto pelas enquetes da comunidade virtual, o que confima mais uma vez a afirmativa acima e chama a atenção para a facilidade que os "jovens virtuais" tem de assumirem determinadas opinões, diferentemente do que ocorreu na experiência à campo na Lan House.

No que diz respeito a pergunta presente no questionario, sobre a influência da internet sobre a vida dos entrevistados, os universitários interpretaram a questão da "influência" como positiva, como a formação de opinião através da aquisição de informação mas os internautas da Lan House, interpretaram de forma negativa onde o "ter a opinião formada" está relacionado ao jargão "não ter a cabeça fraca", em que a ideia da internet foi associada subjetivamente a uma "coisa" negativa, má, mas ao mesmo tempo afirmam em outra pergunta que a internet traz coisas boas.

Na questão da juventude, os jovens da Lan House associaram a questão da idade, da virilidade, da inconsequencia. Já os universitários associaram a questão afetiva/emocional, da experiência, da perspectiva de um futuro melhor.

REFERÊNCIAS

GARBIN, E. M. Cultur@s juvenis, identid@des e Internet: questões atuais. Revista Brasileira de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação. São Paulo, mai-ago, número 23, s/d.

GONÇALVES, H. S. Juventude brasileira, entre a tradição e a modernidade. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, v. 17, n. 2, 2005.

SOUZA, C. Z. V. G. Juventude e Contemporaneidade: Possibilidades e Limites. Última Década nº20, Cidpa Viña Del Mar, Junio 2004.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Um pouco sobre o Orkut.

Segundo Calipo (2008) em "Juventude e a era da internet: integração e interação.", o Orkut é um dos sites mais procurados pelos jovens brasileiros, foi criado por Orkut Buyukokkten, ex-aluno da Universidade Stantford e iniciou-se no google em janeiro de 2004. O Orkut é uma rede de comunidade social virtual mundial, que através de um cadastro permite a comunicação.



Veja também:

Orkut Stay Beautiful, o blog oficial do Orkut.



Orkut Channel, o canal do Orkut no You tube.





Os 10 sites mais acessados pelos brasileiros.

1º lugar: Google



2° lugar: Orkut.com.br



3º lugar: Windows Live



4º lugar: Universo Online - UOL



5º lugar: You Tube



6º lugar: Globo.com



7º lugar:
Microsoft Network (MSN)



8º lugar:
Yahoo!



9º lugar: Terra



10º lugar: Blogger.com



Clique aqui para ver os 100 mais acessados.

Internet: coisa de jovem?

Gente, olha que barato! O Papa lançou um canal próprio no You Tube... Isso aí, o Papa Bento XVI.

Trabalhando junto com o Google, proprietário do YouTube, o Vaticano vai fornecer materiais variados para seu novo canal. Imagens e áudio dos sermões de Bento XVI além das notícias da Santa Sé serão disponibilizadas e o Vaticano terá controle sobre o conteúdo do site. Pois é, Bento XVI já está no agito do mundo virtual.

Inovador, vocês não acham????

Ah! Não deixem de conferir essa novidade hein... É só clicar aqui!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Internet: benefícios e malefícios.

Temos aqui uma série de reportagens realizadas pelo Jornal Hoje da Rede Globo de televisão. Trata-se de matérias - algumas com vídeos - sobre o que a internet pode trazer de bom ou não para a "juventude" contemporânea. São reportagens bastante interessantes, é só acessar aos links (Títulos) abaixo.
Ah! Depois passem aqui para deixar opiniões e críticas acerca do que leram.



Alerta em sala de bate-papo previne suicídio de jovem britânico

Ele avisou que iria se matar, durante conversa com uma australiana.
Mulher entrou em contato com outro britânico, que avisou a polícia local.

Olha aí gente! É bom estar atento aos papos na net, você pode impedir uma tragédia.

Prática da 'cola' entre os jovens mudou com as novas tecnologias

Mais da metade dos adolescentes norte-americanos usam web para 'colar'.
Estudantes também baixam trabalhos e apresentam como de sua autoria.

Coisa feia em garotada!!! Que vergonha!!!

Brasileiros de todas as idades entram no mundo virtual

Quarenta milhões de brasileiros têm computador, mas nem todos conseguem acessar a internet. Na série sobre tecnologia vamos mostrar como jovens e idosos entram no mundo virtual.

Pois é! Será que a internet tá tão democrática assim?
Ainda não é um direito de todos. E será que um dia vai ser?

As delícias e os perigos que os jovens experimentam na frente do computador


Jovens trocam diários de papel pelo computador

Falar, ouvir, trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações.
Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.

Olha que coisa! Antigamente a gente escondia o diário ou o trancava a sete chaves.
Agora coloca na net pra todo mundo ver... vai entender!
E tem mais, antes era coisa só de meninas em fase de adolescência; agora...
xiiiii... tem meninos, tem crianças, tem adultos e até vovós e vovôs. Bacana, né?

Fonte: Site do G1/ Jornal Hoje. Edições dos dias: 16,17, 18 e 19 de junho de 2009.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Você é viciado em Internet?

Você é um dependente da Internet?

Faça o teste!

Ah! Depois posta o resultado e sua opinião aqui!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crimes na Internet? Denuncie!

Pornografia Infantil, Racismo, Intolerância Religiosa, Neo Nazismo, Xenofobia, Homofobia, Apologia e Incitação a crimes contra a Vida, Maus tratos contra Animais??? Temos que denunciar... Onde?

www.safernet.org.br
www.censura.com.br
denuncia.uol.com.br
www.prrj.mpf.gov.br

Polícia Civil - Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)

Endereço: Rua Professor Clementino Fraga nº 77 - Cidade Nova (prédio da 6ª DP)

Rio de Janeiro, RJ Telefone: 0xx21 - 3399-3203/3200

E-mails: drci@policiacivil.rj.gov.br / drci@pcerj.rj.gov.br



domingo, 7 de junho de 2009

Resenha de Cultur@s juvenis, identid@des e Internet: questões atuais.

GARBIN, Elisabete Maria. Cultur@s juvenis, identid@des e Internet: questões atuais. Revista Brasileira de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação. São Paulo, mai-ago, número 23, s/d.


“Nossa participação na chamada Internet é sustentada pela promessa de que ela nos possibilite em breve assumirmos ciberidentidades – substituindo a necessidade de algo tão complicado e fisicamente constrangedor como é a interação real”. (Hall, 1997, p. 23)


Garbin ao pesquisar sobre a temática abordada quando preparava a sua dissertação de mestrado, encontrou algumas dificuldades que se referiam às cotidianas mudanças que ocorrem no “mundo virtual”, bem como na forma como os jovens a utilizam e a enxergam. Para ela, a Internet não pode mais ser vista como um local apenas de troca, de busca de informações ou ainda de encontros entre pessoas, mas, também, como um local de produção de conhecimento.

Quantas pessoas com acesso à Internet passam horas dos seus dias diante da tela de computador, pesquisando, escrevendo emails, participando de listas de discussão, ou mesmo batendo papo com outras pessoas de outros lugares, tentando “retribalizar-se”, interagindo com outros internautas enquanto mal conhecem seus vizinhos geográfica e espacialmente mais próximos? O que parece claro é que o enraizamento a um determinado lugar atenuou-se, pois podemos “estar” em diversas partes do mundo, entrar e sair de grupos de discussão sem qualquer “prejuízo” real aparente.

Segundo a autora, podemos nos inspirar na afirmação de Canclini (1997b, p. 81), quando afirma que “necessitamos de enraizamentos em territórios, por mais desterritorializada que esteja a sociedade contemporânea; necessitamos referir-nos a indicadores de pertencimento que nos dêem segurança afetiva e clareza sobre os grupos com os quais podemos nos relacionar, com os quais podemos nos entender”.

Garbin questiona o fator que poderia levar um jovem a optar por escrever sobre suas mágoas, alegrias, planos, num diário virtual, abrindo-o a outras leituras, ao invés de escrever num diário impresso particular ou conversar face a face com amigos ou colegas. “Estaremos vivendo a era da espetacularização da intimidade? Da derrocada das fronteiras do público e do privado?”

Segundo ela, a velocidade com que a mídia eletrônica se transforma está fazendo com que pessoas e discursos estejam em muitos lugares ao mesmo tempo, distâncias sejam abreviadas, imagens e sons circulem vertiginosamente, capitais se reúnam, pessoas se “aproximem” virtualmente e, por que não dizer, “realmente”.

A isso Hall (1997) denomina de “deslocamentos”. Deslocamentos aqui relacionados com o fato de que o mesmo artefato, o mesmo discurso pode se deslocar de modos diferentes, ao mesmo tempo, e estar em vários lugares. A mídia eletrônica se apresenta como um avanço tecnológico capaz de modificar nosso comportamento, com um discurso que se materializa em novas condições de possibilidades, em novos espaços e em novas formas que ele assume. Muitos de nós estamos sendo re-constituídos por essas variadas formas discursivas que usamos na Rede e que também são usadas para nós. Como observa DuGay (apud Hall, 1997, p. 18)

Garbin acredita que a Internet reúne três campos que pareciam distintos uns dos outros até o advento e socialização da Web, que são a cultura, a comunicação e a informação, ou seja, as fronteiras entre estes três temas foram quebradas, desapareceram. A própria palavra escrita, a fala, as imagens fixas e as imagens em movimento, a música, os sons variados, enfim, tudo se encontra reunido na Rede.

Para ela, quando trocamos e-mails ou conversamos com amigos em salas de bate-papo, além de estarmos nos deslocando por espaços e comunidades virtuais, podemos também adotar identidades “fictícias”, criadas por nós mesmos. E elas podem variar conforme nossas contingências e circunstâncias do momento, interesses mediatos e imediatos, estados de humor, ou mesmo destinatários das nossas mensagens, ou seja, “nas comunidades em tempo real do ciberespaço encontramo-nos no limiar entre o real e o virtual, inseguros da nossa posição, inventando-nos a nós mesmos à medida que progredimos” (idem, p. 13).

Segundo Garbin, nos últimos anos, as mudanças de identidades, sob o impacto cultural do computador conectado à Internet, parecem ter dado lugar a uma busca empenhada em entender e dar sentido aos mecanismos da vida real e virtual. O fato é que, se na vida cotidiana somos constrangidos por inúmeras “ordens de discurso” em que não revelamos determinadas facetas e emoções, na Internet, sob um nickname, atrás de uma tela e um teclado, outras “ordens de discurso” instituem-se e nelas é possível reconstruir nossas identidades como que do outro lado de um espelho, um espelho que nos solicita uma multiplicidade interior na maioria das vezes constituída e narrada por nossos interlocutores virtuais. Por outro lado, sabe-se que o desenvolvimento das tecnologias dos computadores e da comunicação influenciou, e influencia, definitivamente as atitudes da chamada Geração Net. Aqueles que a sociedade, em seu afã de medicalizar e rotular comportamentos como normais ou desviantes, chama de “viciados” na Net, às vezes não conseguem sequer dormir, esperando por e-mails que podem chegar durante a noite, ou trabalham por horas sem parar no computador, sem fixar-se em horários (já apareceram muitas home pages de terapia para o “vício” da Internet).

Por outro lado, Seo (2000) nos chama a atenção para o fato de que muitos jovens, às vezes, não estão protegidos contra as informações anti-sociais que são veiculadas na Rede, como por exemplo, as relativas a pornografia, armas, violência, informações falsas, violência verbal na comunicação virtual etc. São jovens que têm amigos e vizinhos através da Internet. Não lhes interessa se estes vivem ao lado da sua casa ou do outro lado do mundo: são seus amigos virtuais, cibernéticos.

As alternâncias entre diferentes identidades possibilitadas pelo uso da Internet, através de chats, de certa maneira desconstroem a metáfora da “solidez” da identidade, e se, há algumas décadas, falavase que as pessoas assumiam diferentes papéis na sociedade, na maioria dos casos isso significava que, mesmo assim, mantinham os laços vitalícios com uma determinada família e comunidade. Mesmo que um suposto controle abrisse algumas brechas eventualmente, tais identidades situavam-se às margens da sociedade ou eram vistas como uma “alternância” de vida ou a chamada “personalidade desdobrada”. Na era pós-moderna, as identidades múltiplas perderam grande parte de seu caráter “marginal”. Muitas pessoas apreendem a identidade como um conjunto de posições de sujeito que podem ser misturadas e acopladas.

A autora conclui dizendo que [...] toda a identidade tem necessidade daquilo que lhe ‘falta’ – mesmo que esse outro que lhe falta seja um outro silenciado e inarticulado” (idem, p. 110).

O mais raro de se encontrar na Rede são “corpos dóceis” no sentido foucaultiano, porque se o corpo é construído e moldado segundo discursos (disciplinares), na Internet eu simplesmente “teclo” e invento... É fictício? Sim, é, mas quem de nós, na vida real, ao ver seu corpo refletido num espelho, ao ouvir sua própria voz (gravada ou não), ao reler um texto seu, não se inventou diferente? Constituiu-se e deixou-se capturar pelo discurso da ordem do dia (pela “ordem do discurso”?), mesmo que por poucos segundos?

Assim é na Internet: constituições discursivas temporárias, sem suturas, porém com marcação de fronteiras, carregadas de diferenças, como na vida real...



TEXTO COMPLETO: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a08.pdf